segunda-feira, 4 de julho de 2011

As novas tarifas da EMEL.

Hoje entraram em vigor as novas tarifas de custo e de tempo da EMEL no centro da cidade de Lisboa. Menos tempo por mais dinheiro, parece ser o lema que faltou escrever nos lugares de estacionamento que a partir de hoje serão pintados a vermelho.
A confusão que gerou em algumas pessoas foi grande e trazer medidas drásticas destas para o centro da cidade pode vir, a curto prazo, a ser uma irracionalidade de um município que, cada vez mais, se esquece que a sua população residente vai descendo a cada levantamento urbanístico que se realiza e que são cada vez mais os visitantes que vêem trabalhar todos os dias para o centro que o alimentam e lhe dão vida, dinheiro e futuro.


Grande parte da população vive nos arredores de Lisboa. Isto implica o deslocamento das pessoas a um nível diário. É assustador, não posso negar. Mas a solução que o Município resolve dar é negar, cada vez mais, o acesso ao centro da cidade em automóvel? É triste ver que assim é, e ficamos com pior ideia ainda quando vemos o Presidente da Associação de Dinamização da Baixa Pombalina afirmar que mais importante do que o preço de estacionamento é a falta de lugares para quem se desloca a esta zona de Lisboa. Segundo ele já foi manifestada a preocupação junto do vereador da mobilidade de que não faz qualquer sentido a baixa ter quase todas as suas ruas, salvo raras excepções, dedicadas apenas a residentes.


Esta atitude é de louvar em países onde existem alternativas reais de trazer as pessoas dos arredores para o centro comodamente, a preços razoáveis e de forma célere. Nunca se pode tomar atitudes destas pensando apenas de um lado da barricada, pensando que empresas como a Carris irãp aumentar o número de carreiras para chegar a toda a gente que queira deixar o seu automóvel em casa, ou que o Metro irá criar mais estações em zonas limitrofes à cidade de Lisboa, como Algés, Sintra, ou Loures.
Não se pode ser tão egoista e pensar apenas em dinheiro, porque no fim de contas isso é o que conta aqui, é uma forma de ir buscar mais receitas a um poço sem fundo chamado EMEL.

Eu defendo mais estacionamento fora das ruas e artérias principais. A Câmara Municipal de Lisboa tem que pensar seriamente na transformação de edifícios devolutos em silos automóveis, quer para residentes quer para o público em geral. Já realizaram obras dessas na baixa e devem continuar nesta aposta, que se amortiza com o passar dos anos, através de parqueamento público gerido pela própria EMEL, como de resto já acontece, por exemplo, na Avenida Casal Ribeiro. E não me digam que com avenças mensais a rondar os 150 euros não conseguem ter lucro de um espaço que pouco, ou nada, tem de manutenção e limpeza! Limpem as ruas e deixem os peões andar em passeios pouco largos, mas livres de pilaretes, de carros em cima do passeio e de motas que estacionam à porta de casa com um cadeado num qualquer semáforo da cidade.

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